a dança do unicórnio triste
um poema a quatro mãos
este poema foi escrito por mim em parceria com Marianna Perna, para FIZEMOS, a primeira antologia da @Fazia Poesia.
publicada em 2020 exclusivamente em formato digital, a publicação propôs que a equipe de poetas do portal criassem poemas em duplas.
a antologia completa pode ser conferida aqui;
e, abaixo, o poema que escrevi com Marianna.
passeio em falso
& danço em feixes
quero abrir a janela do agora
as sensações tal qual os peixes
correm soltas / (des)organizam
uma experiência-ficção
por algoritmos da antientropia
deixo sangrar
até estancar o querer
& ver claro
no deserto
tudo certo
sou foco fogo & soco
preciso dançar os novos olhos que recebo
pois sei que o poema não se escreverá sozinho
nem brotará da pele ressequida da criança morta
por entre ácaros & átomos
coração rasgado
imagino ser o sol
mas sou só as coisas
nascerá o poema excretado pelo errado dos dias?
imagino ser o sol
& na alta madrugada
sou as coisas que dançam
caídas na calçada
— um unicórnio triste —
esperando a Morte chegar
para assim (re)florescer
é de Terra o signo do voo.
se você gostou do poema acima, te convido a explorar meu perfil aqui, onde você encontrará diversos outros. além de escrever, eu faço muitas coisas, as quais você pode conhecer um pouco neste link.
mas, se você quiser ir direto ao ponto, fica o convite para conhecer dois projetos pelos quais tenho bastante apreço:
PODLÓQUI, meu podcast experimental de música, poesia & outras patifarias;
The BlockChat, um talk show ao vivo no qual converso com pessoas interessantes & interessadas sobre arte, tecnologia & web3.